terça-feira, 8 de novembro de 2011

Estudo revela: Paraíba não recebe investimentos para combater crack há 2 anos; entenda

Um estudo divulgado nesta segunda-feira (7), pela Confederação Nacional de Municípios – CNM – revelou que a Paraíba não recebeu nos últimos dois anos investimentos para tratamento de dependentes químicos ou para o desenvolvimento de políticas públicas antidrogas - entre as quais o crack, um dos principais responsáveis por mortes de jovens no Estado.
O mesmo estudo apontou que apesar da falta de recursos, os únicos entes da federação que trabalham para minimizar a problemática do uso de drogas são alguns municípios.
A Secretaria Nacional Anti-Drogras (Senad), que está vinculada ao Ministério da Justiça, não tem no OGU - Orçamento Geral da União - nenhuma dotação orçamentária, não sendo possível avaliar seus investimentos.
Dentro do Ministério da Justiça as ações e programas também não esclarecem o que é destinado à subvenção da SENAD.
Tabela
Tabela - CNM
O presidente da CNM, Paulo Ziulkoski, apresentou alguns dados da ação do crack após uma pesquisa realizada em 4.400 municípios brasileiros. Destes, 63,7% têm problemas na área da saúde por causa do crack.
Os dados apontam "falta de estrutura para atendimento de usuários e a quase unânime falta de recursos financeiros para aplicar em políticas de prevenção de tratamento, reinserção social e combate ao tráfico”.
Ziulkoski disse que a pesquisa será fechada no próximo fim de semana semana, mas ele adiantou que o quadro é alarmante.
Os estudos ainda comprovaram o que já vem sendo observado pela sociedade nos último anos a presença do crack nas escolas, o crescimento da violência entre os jovens e a presença de estudantes armados.
De acordo com investigações policiais na Paraíba, a maioria dos homicídios registrados no Estado são motivados direta ou indiretamente pelo tráfico de drogas, relacionados a disputas do comando do tráfico ou ‘acerto de contas’.
Confira questionário da pesquisa na Paraíba
Nº Questão
1 O seu Município enfrenta problemas com a circulação de drogas?
135 Sim sim
3 0 Não Não
Não respondeu nr
165 Total
a Caso sim, Qual?
3 Crack Crack
4 5 Outras drogas Outras drogas
8 7 Ambos Crack,Outras drogas
Não respondeu nr
135 Total
2 Seu município enfrenta problemas relacionados ao consumo de drogas?
141 Sim sim
2 0 Não Não
Não respondeu nr
161 Total
a Caso sim, Qual?
Baixo Médio Alto NI
Crack 54 63 22 0
Outras drogas 49 66 24 0
3 O Município possui Conselho Municipal Antidrogas – COMAD?
6 Sim sim
156 Não Não
3 Não respondeu nr
165
4 O Município possui Centro de Referência de Assistência Social CRAS?
5 8 Sim sim
Não Não
107 Não respondeu nr
165
5 O Município possui Centro de Referência Especializado da Assistência Social CREAS?
1 7 Sim sim
4 0 Não Não
108 Não respondeu nr
165
6 O Município possui Centro de Referência Especializado da Assistência Social CREAS POP?
3 Sim sim
5 0 Não Não
112 Não respondeu nr
165
Sede: SCRS 505 bloco C – 3o andar – 70350-530 Brasília/DF – Tel.: (61) 2101-6000
Escritório: Rua Marcílio Dias no 574 – Menino Deus – 90130-000 Porto Alegre/RS – Tel.: (51) 3232-3330
102
7 O Município possui Centro de Atenção Psicossocial CAPS?
1 3 Sim sim
4 1 Não Não
111 Não respondeu nr
165
8 O Município possui Núcleo de Apoio à Saúde da Família – NASF?
1 8 Sim sim
3 6 Não Não
111 Não respondeu nr
165
9 O Município possui Conselho Tutelar?
5 6 Sim sim
Não Não
109 Não respondeu nr
165
10 O Município possui outras instituições que integram a rede de assistência?
1 1 Sim sim
3 3 Não Não
121 Não respondeu nr
165
11.a Quais problemas?
6 0 Saúde
4 0 Assistência Social
5 7 Segurança
3 7 Educação
8 Outros
165 Não respondeu
367
12 O Município possui usuários identificados?
6 4 Sim sim
9 6 Não Não
5 Não respondeu nr
165
18 Qual o custo real mensal das ações para o município?
2 4.400 Recursos humanos (remunerações, gratificações e encargos)
500 Manutenção com estrutura física (reforma, água, energia, limpeza)
1 00.800 Manutenção com as ações e serviços (insumos, material expediente)
100 Aquisição e manutenção de equipamentos
1.010 Educação em saúde (palestras, impressos)
500 Capacitação de recursos humanos
1.500 Medicação e insumos
Pollyana Sorrentino com Uol e CNM

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