Os delegados da Polícia Civil da Paraíba aguardam até o final desta sexta-feira (3) por um pronunciamento do governo do Estado sobre a redução no limite de horas extras. Caso não haja acordo ou diálogo com o Executivo, será anunciada uma aasembleia com indicativos de greve.
Segundo o presidente da Associação de Defesa das Prerrogativas dos Delegados de Polícia da Paraíba (Adepdel) Cláudio Lameirão , as primeiras notícias dão conta de que a redução das horas extras seria uma iniciativa isolada do secretário de Segurança, Cláudio Lima, mas "já chegou a hora de o chefe do executivo se pronunciar". "Esperamos que o governador tome uma atitude para que a população não venha a ser prejudicada por um movimento da categoria que neste momento pode ser evitado com a abertura de um canal para o diálogo", disse Lameirão.
Entenda o caso
O delegado explicou que até 2009 qualquer atividade extra não era paga aos policiais civis e que as jornadas de trabalho eram 'extraordinárias'. Segundo Lameirão, após 2009 foi aprovada uma lei que regulamentava a obrigação do pagamento de hora extra.
De acordo com o presidente da Adepdel, o efetivo só consegue manter as delegacias funcionando 24h devido a venda das folgas dos delegados. Ele explicou que o problema se agravou devido às sucessivas reduções de horas extras dos policiais. "Inicialmente tínhamos 172 h/ mês, depois foi reduzido para 160h/ mês e agora 150h/mês", explica.
Lameirão destacou que o problema se agrava no interior, onde as delegacias são impossibilitadas de funcionar em tempo integral, pois mesmo os policiais vendendo suas folgas, não há efetivos suficiente devido à hora extra ter sido reduzida. "Já houve prejuízo no final de semana em Itaporanga e Catolé do Rocha, onde os policiais já havia estourado suas horas extras, todos queriam vender suas folgas, mas trabalhar de graça, não", diz. O delegado reclamou ainda que só foi reduzida a carga da Polícia Civil e a decisão não se estendeu à Polícia Militar.
Fonte: Click PB
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