sábado, 9 de junho de 2012

No Dia da Liberdade de Imprensa, Vital lamenta violência contra jornalistas




  • Depois de defender a votação e aprovação no Senado em segundo turno da Proposta de Emenda Constitucional (PEC 33/09) que obriga a exigência do diploma para o exercício da profissão de jornalista, o senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), homenageia os comunicadores brasileiros que comemoram nesta quinta-feira (07) o Dia da Liberdade de Imprensa.
    Vital do Rêgo destaca que essa data que no Brasil é comemorado em 7 de junho, não pode ser esquecida. Para ele, a liberdade de imprensa é um bem da sociedade, conquistado com muito esforço e à custa de muitas vidas. “A liberdade de imprensa contribui muito para o fortalecimento das instituições democráticas no Brasil. Esse é um trabalho incessante em favor da própria sociedade que, por ter o direito à informação, tenho o dever de também lutar pela imprensa livre e ajudar a combater a impunidade de crimes praticados contra os profissionais e veículos de comunicação. Portanto, o Dia da Liberdade de Imprensa é muito mais do que outra simples data comemorativa. É um momento de refletir sobre a importância desse direito e também de tentar encontrar formas de combater essa repressão disfarçada, que nega aos jornalistas e ao povo o sagrado direito à informação”.

    Defensor da liberdade de imprensa, o senador peemedebista já encampou a luta liderada pelo presidente da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), Celso Schröder contra o crescente número de assassinatos de profissionais da imprensa no Brasil. Ele disse que não era concebível que em pleno século XXI os jornalistas ainda trabalhem com medo, tendo o sagrado direito de informar de forma livre e democrático, cerceado. Para o parlamentar, é preciso banir de vez qualquer resquício ditatorial que ameaça a liberdade de expressão do profissional de imprensa.
    A violência contra jornalistas foi debatida durante audiência pública realizada pela Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH). Conforme revelou Vital com base em dados divulgados na audiência, apenas em 2012, foram quatro jornalistas que perderam a vida no exercício da profissão. As principais razões para esse crescimento são, de acordo com as entidades ligadas ao exercício do jornalismo, a negligência das empresas de comunicação, a falta de regulamentação da profissão e a impunidade.
    Para o senador, a federalização de crimes contra a atividade jornalística, a regulamentação da profissão, e a instalação do Conselho de Comunicação Social do Congresso, e a criação de um comitê de acompanhamento dos casos de violência contra jornalistas podem ser propostas para diminuir a violência contra os profissionais. O parlamentar também encampa a luta da FENAJ que mais investimentos das empresas de comunicação para garantir a segurança dos jornalistas durante ações de risco.
    De acordo com levantamento divulgado em abril pelo Comitê para Proteção de Jornalistas, sediado nos EUA, o Brasil é o 11º país do mundo em que os assassinatos de jornalistas mais ficam impunes. Conforme registra o documento, cinco mortes que ocorreram entre 2002 e 2011 ainda não resultaram em nenhuma condenação no país. O líder do ranking é o Iraque, onde 93 mortes no período não foram esclarecidas. “É uma afronta aos direitos humanos saber que o Brasil está em décimo-primeiro lugar, em todo o mundo, no ranking da violência contra jornalistas”, lamentou o senador.
    Segundo o presidente da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), Celso Schröder, os ataques a jornalistas representam uma afronta não apenas aos direitos humanos como também ao estado de direito.
    Celso Schröder informou que a violência contra jornalistas no Brasil é maior entre os profissionais que cobrem a área política. Ele participa nesta segunda-feira (28) de audiência pública da Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) para debater a violência contra jornalistas brasileiros e estrangeiros.
    Segundo Schröder, de cada dez casos de violência contra jornalistas, seis ocorrem contra profissionais da área de política.
    Concordando com o presidente da Federação Nacional dos Jornalistas, o senador Vital disse que o agravante é que, enquanto os dez primeiros países da lista sofrem algum tipo de instabilidade, o Brasil é um Estado Democrático de Direito, com liberdade de imprensa. “Temos que dá um basta nessa violência e garantir os meios que permitam aos jornalistas trabalhar sem medo. Cumprindo o sagrado direito de informar”, disse.

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